Ano: 2020 | Localização: Brooklin, SP, Brasil | Área: 178 m² | Fotos: Pedro Kok
O projeto do apartamento Nova York, localizado na cidade de São Paulo – Brasil, é resultado de um processo criativo que levou em consideração importantes condicionantes. A família composta por casal e duas filhas pequenas, antes de viverem no projeto que desenvolvemos, moraram na Holanda por 8 anos. Assim, constantes referencias da cultura e design holandeses permearam o processo de composição, para que a família seguisse se identificando com seu próprio lar. Além disso, levamos em consideração a logística especifica da rotina dos quatro moradores, categorizando os espaços de acordo com as reais necessidades de cada um. Suítes exclusivas, escritório e brinquedoteca surgiram por conta disso. A composição formal e cromática reuniu as áreas de mesma função, gerando quatro caixas programáticas, dentro do espaço único de pé-direito duplo. Esse conceito pode ser observado no esquema que acompanha esse memorial. A primeira caixa é composta pelo hall de entrada e acesso ao lavabo. A cor rubi destaca esse espaço que funciona como um intervalo entre dentro e fora do apartamento. Em frente ao elevador, expusemos a coleção de miniaturas holandesas do casal, para que logo na entrada, exista essa conexão com a memória afetiva da família. A segunda caixa é composta pela mesa que divide a cozinha e sala de estar, e um grande móvel que recebeu a tensoflex como artificio luminotécnico que simula o nascer e pôr do sol, através da dimerização dos leds. Através dessa luz cálida e mutável, conseguimos mudar o caráter do espaço integrado e único desse apartamento. A terceira caixa é o mezanino que abriga o escritório e a quarta caixa é a estante da brinquedoteca. Os materiais respeitam uma mesma paleta de cores. O uso de tons claros de madeira foi o artificio que nos aproximou às referencias iniciais. O mobiliário foi todo trazido da Holanda e alguns desenvolvidos pelo próprio FCstudio, assim como todo o detalhamento de marcenaria. O projeto do apartamento Nova York traduziu, em arquitetura de interiores, os desejos emocionais da família, sem ignorar a funcionalidade necessária e específica dela.