Flávio Castro

Ano: 2023 | Localização: Bela Vista, SP, Brasil

O ponto de partida para a cenografia foi um enredo especifico do artista Eduardo Martins e palavras chave como: Ouro, Dunas, Sol, Brisa, Sombras e Areia.   Assim, a cenografia representa uma paisagem desértica, onde o dourado das paisagens praianas é o elemento central.  A obra de Mariana Palma (tecidos) potencializa o movimento do vento, enquanto o tapete remete as dunas e a luminária ao sol Os músicos estão distribuídos no espaço em diferentes profundidades, o que enfraquece os limites entre cenário e plateia.  Alguns pontos a ressaltar: - Os painéis têm diferentes tons e motivos para retratar e a incerteza entre a terra e o mar. Elas podem sutilmente serem movidas pelo vento durante a performance, criando um efeito etéreo. Por trás deles, a luz potencializa a transparência e o movimento que farão.  - Inicialmente, uma luz dourada e intensa banha todo o cenário, representando o sol forte. Conforme a cena avança, a iluminação muda para tons mais quentes e alaranjados, simulando o pôr do sol.  Luzes azuis e turquesas surgem gradualmente na parte de trás do cenário, acompanhando a linha turquesa e a obra de Mariana Palma - Efeitos sonoros sutis de vento suave, como uma brisa que belisca a pele, são reproduzidos ao fundo durante a cena. Conforme os músicos tocam e a performance avança, a música se mistura aos efeitos sonoros, criando uma atmosfera etérea e envolvente. - Os artistas usam roupas leves, em tons neutros e terrosos, que se misturam à paisagem.     Conclusão: A cenografia "Imensidão Dourada" captura a essência poética do trecho base, criando uma paisagem desértica evocativa e misteriosa, onde os artistas interpretam a cena com suas performances musicais. A combinação de elementos visuais, iluminação e efeitos sonoros transporta o público para a imensidão dourada descrita no texto, explorando os contrastes entre a aridez do deserto e a promessa do mar distante.