Flávio Castro

Ano: 2006 | Localização: Brasilia, DF, Brasil | Colaboração com o escritório AR.Co

A proposta para a sede do Iphan procurou incorporar as características do plano piloto como a síntese, clareza e concisão. A grande preocupação foi inserir a proposta de maneira coerente com a lógica de implantação dos edifícios ao longo do eixo monumental, ou seja, a formalidade do edifício responde indistintamente em todas as direções. O conjunto proposto se compõe de duas construções indissociáveis. O chão e a pedra. A arquitetura do chão, por meio de taludes e contenções, discretamente configura e abriga todo o setor público do programa bem como todos os setores de apoio. A pedra, marco simbólico de dominação humana sobre o território, é o elemento destacado na paisagem que abriga em seu interior todos os setores administrativos e contém o vazio que constrói. O pátio sem arestas configura um espaço homogêneo e puro. Toda a materialidade do edifício “flutuante” parece confluir para um mesmo ponto para servir de envoltório a esse intervalo controlado. O anel barra a visão ao mesmo tempo em que deixa transparecer formalidades que nos direcionam a entender o que temos diante dos olhos. Com um simples gesto, um pátio, um edifício e uma concordância urbanística foram criados em total harmonia com a problemática, função e entorno enfrentados.